segunda-feira, 16 de maio de 2011

sábado, 14 de maio de 2011

DESMATAMENTOS

A Amazônia ocupa uma área de mais de 6,5 milhões de km² na parte norte da América do Sul, passando por nove países: o Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
85% dessa região fica no Brasil (5 milhões de km², 7 vezes maior que a França) em 61% do território nacional e com uma população que corresponde a menos de 10% do total de brasileiros. A chamada “Amazônia Legal” compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão perfazendo aproximadamente 5.217.423km².
Quando falamos em desmatamento na Amazônia é comum as pessoas confundirem a região citada acima com o estado do Amazonas, o que limita a compreensão do verdadeiro problema que essa região enfrenta. Em toda a região amazônica calcula-se que cerca de 26.000km são desmatados todos os anos.
No Brasil, só em 2005 foram 18.793km² de áreas desmatadas, sendo que uma das principais causas é a extração de madeira, na maior parte ilegal. Segundo dados do Grupo Permanente de Trabalho Interministerial Sobre Desmatamento na Amazônia, desde 2003 foram apreendidos cerca de 701mil m³ de madeira em tora provenientes de extração ilegal. Devido à dificuldade de fiscalização e a pouca infra-estrutura na maior parte da região, alguns moradores se vêem forçados a contribuir com a venda de madeira ilegal por não terem nenhum outro meio de renda ou mesmo por se sentirem coibidos pelos madeireiros. Até mesmo alguns índios costumam trabalhar na atividade ilegal de extração de madeira, vendendo a tora de mogno, por exemplo, a míseros R$30, quando na verdade, o mogno chega a valer R$3 mil reais no mercado.
Outras causas apontadas são os crescimentos da população e da agricultura na região. Até 2004, cerca de 1,2 milhões de hectares de florestas foram convertidas em plantação de soja só no Brasil. Isso porque desmatar áreas de florestas intactas custa bem mais barato para as empresas do que investir em novas estradas, silos e portos para utilizar áreas já desmatadas.
Além de afetar a biodiversidade (a Amazônia possui mais de 30% da biodiversidade mundial), o desmatamento na Amazônia afeta, e muito, a vida das populações locais que sem a grande variedade de recursos da maior bacia de água doce do planeta se vêem sem possibilidade de garantir a própria sobrevivência, tornando-se dependentes da ajuda do governo e de organizações não governamentais.
Nos últimos anos a Amazônia Brasileira vêm registrando a pior seca de sua história. Em 2005, alguns lagos e rios tiveram sua vazão reduzida a tal ponto que não passavam de pequenos córregos de lama, alguns até chegaram a secar completamente, ocasionando a morte dos peixes. O pior é que esse efeito tende a se agravar com o tempo. Com os rios secando e a diminuição da cobertura vegetal, diminui a quantidade de evaporação necessária para a formação de nuvens, tornando as florestas mais secas.
Contudo, diversas ações vêm sendo tomadas pra impedir que o pior aconteça e preservar toda a riqueza proporcionada pela Amazônia. ONG’s como o Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF, IPAM  (Instituto de Pesquisas da Amazônia) e diversas outras entidades, realizam campanhas e estudos com o objetivo de divulgar e facilitar o desenvolvimento sustentável e a recuperação das áreas degradadas da Amazônia no Brasil. Quanto às iniciativas do governo, 19.440.402 hectares foram convertidos em Unidades de Conservação (UC) na Amazônia de 2002 a 2006, totalizando 49.921.322ha, ou, 9,98% do território. Sem contar os 8.440.914ha de Flonas  (Floresta Nacional) criadas em territórios indígenas. Outro projeto que visa à consolidação de Unidades de Conservação na Amazônia é o projeto ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia) que tem como meta atingir um total de 50milhões de hectares de UC até 2013 e conta com apoio e investimentos de instituições como o Banco Mundial e o WWF.

DESASTRES AMBIENTAIS

O mundo ficou consternado, chocado, imóvel diante do maior desastre ambiental sofrido pelo território japonês, com a eclosão de um terremoto em escala jamais visto no país, seguido de um tsumani.
Apesar das cenas que motivariam Dante Alighieri a repintar o “final dos tempos” e da sensação de impotência que acometeu todas as pessoas, os fatos nos ajudam a refletir sobre a natureza desses fenômenos que têm se repetido com frequência cada vez maior.
Em primeiro lugar, paira ainda no ar a falta de pesquisa científica que nos ajude a decifrar os movimentos da natureza e que auxiliem os seres humanos a conviver com ela neste planeta. Sabe-se, no entanto, que a maior parte dos desastres ambientais, das mudanças climáticas, das frequência das chuvas etc., está ocorrendo como consequência da intervenção humana na natureza. Portanto, são respostas que a natureza dá à agressão sofrida previamente. Nesse caso, chama atenção o descaso das autoridades nacionais e internacionais para investirem pesado em recursos científicos que permitissem esses estudos e pudéssemos chegar a evitar esses fenômenos.
Em segundo lugar, falta a ação dos governos para evitar ou minimizar suas consequências sobre a população. A maior parte dos governos não dá a menor importância para medidas de precaução e medidas que possam proteger a população. Portanto, há uma irresponsabilidade política e de classe das elites governantes. Por exemplo, na China, o governo mantém criatórios de cobras e víboras em todas as regiões do país, pois descobriu-se que elas reagem com algumas horas de antecedência aos abalos sísmicos da Terra. Assim, são filmadas permanentemente e as autoridades, ao perceberam determinados movimentos anormais, avisam a população e fazem a evasão em massa. Em Cuba e no Japão, agredidos com frequência com terremotos e ciclones, os governos organizaram sistemas de construção e abrigos em massa para a população se proteger. Só isso consegue explicar que, no Japão, tivemos “apenas” 3,3 mil mortes (até o fechamento desta edição).
Já no Haiti, há pouco mais de um ano, o terremoto na capital causou centenas de milhares de mortos, provocou o deslocamento de um milhão de pessoas, que até hoje vivem em barracas. Sem nenhuma solução. Houve ajuda de bilhões de dólares de todos os povos, mas esses recursos nunca chegaram ao povo, aos necessitados.
Esse descaso não é condição de pais pobre, é condição de elites governantes irresponsáveis. Vejam o caso dos Estados Unidos. Há seis anos a cidade de New Orleans foi arrasada por um furacão. Milhares de desabrigados, e cerca de mil mortos. Até hoje, no país mais rico do mundo, milhares de pessoas continuam sem casa e sem poder regressar a New Orleans.
Aqui no Brasil, já é vergonhoso, para não dizer irresponsável. A cada chuvarada, em qualquer parte do país, dezenas de mortos se amontoam, do Sul ao Nordeste. Mesmo assim, seguimos em frente sem nenhuma mudança concreta, até o próximo desastre. Em plena capital de São Paulo, a mais rica e moderna do país, continua morrendo gente dentro dos carros, nas inundações. E ninguém se sente responsável!
Em terceiro lugar, é necessário identificar quais as práticas dos seres humanos, e sobretudo da ganância do capital, que se apropria e esgota os recursos naturais, provocando no futuro novos desastres ambientais. E haver a determinação de proibi-los. Como disse Leonardo Boff em recente entrevista ao Brasil de Fato, todas nossas ações como seres vivos estão interligadas com todos os outros seres da natureza, e qualquer abuso terá certamente consequências. Nossa sobrevivência está interligada com a sobrevivência de todos os demais seres vivos, animais e vegetais que coabitam este planeta. Portanto, a natureza não pode ser vítima da ação inescrupulosa da propriedade privada e do lucro, agressão que o modo de produção capitalista está impondo em todos os países.
Em quarto lugar, estamos diante de uma crise civilizatória. Precisamos repensar urgentemente a forma de organizar a vida social, nas grandes megalópoles, que reúnem, num só espaço, 10, 15, 20 milhões de seres humanos. Isso é o anúncio de desastres futuros. Não é possível ter soberania alimentar, proteger a população de desastres naturais, de falta de combustível ou transporte público em cidades organizadas dessa forma. Imaginemos um pequeno terremoto de alguns graus em cidades como São Paulo, Bombaim, Xangai...
E, em quinto lugar, voltou à pauta o grau de seguridade das usinas nucleares. Porque o problema não está na segurança da própria usina, considerada em padrões aceitáveis em todo mundo, pelo nível de ciência desenvolvida até agora. Mas os cientistas esqueceram de combinar com a natureza. O problema está no entorno da usina.
Que o preço de tantas vidas humanas e de outros seres vivos da natureza nos leve a refl etir, conscientizar e mobilizar, para enfrentarmos o modo de produção capitalista que chegou ao seu limite.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

VÍDEO DE ENCHENTE

ENCHENTES


Calamidades que provocam prejuízos.
As enchentes são calamidades naturais ou não que ocorrem quando um leito natural recebe um volume de água superior ao que pode comportar resultando em transbordamentos. Pode ocorrer em lagos, rios, córregos, mares e oceanos devido a chuvas fortes e contínuas.
Em áreas rurais ocorre com menos freqüência, pois o solo bem como a vegetação se compromete a fazer a evacuação da água pela sucção da mesma provocando menores prejuízos. Normalmente ocorre com menos força não atingindo consideráveis alturas que provocariam a perda de alimentos armazenados, de máquinas e outros objetos. Já nas áreas urbanas, ocorre com maior freqüência e força trazendo grandes prejuízos. Acontece pela interferência humana deixando assim de ser uma calamidade natural. A interferência humana ocorre em vários estágios começando pela fundação de cidades em limites de rios, pelas alterações realizadas em bacias hidrográficas, pelas construções mal projetadas de diques, bueiros e outros responsáveis pela evacuação das águas e ainda pelo depósito errôneo de lixo em vias públicas que com a força das águas são arrastados causando o entupimento dos locais de saída de água.
Como se percebe, as enchentes na maioria das vezes ocorrem como conseqüência da ação humana. Das dificuldades que uma enchente provoca pode-se destacar:O abandono dos lares inundados, A perda de materiais, objetos e móveis inundados ou arrastados pela água, A contaminação da água por produtos tóxicos, A contaminação da água com agentes patológicos que provocam doenças como amebíase, cólera, febre amarela, hepatite A, malária, poliomielite, salmonelose, teníase entre outras.
A contaminação de alimentos pelos mesmos agentes patológicos acima citados.Além das atividades já citadas que colaboram com as formações de enchentes também devemos nos lembrar que as áreas urbanas são mais propícias à enchentes porque o solo dessas regiões são impedidos pelos asfaltos de absorver a água e também pela falta de vegetação ou pouca vegetação que contribui com a sucção da água.
Para impedir a continuação das enchentes e que inúmeras famílias percam seus patrimônios pode-se construir barragens e reservatórios em áreas de maior risco, bueiros e diques espalhados pela cidade com sua abertura protegida para impedir a entrada de lixos e ainda a conscientização da população para que não deposite lixo nas vias públicas.
Por